Quem viveu e sobreviveu os anos 80, sabe que, não havia concurso público. A admissão ao serviço público era através de contratos temporários, via padrinho político( quem indique) , batizado de o tal famoso trem da alegria do Estado Potiguar, porém, comum em todo o país.
Os avanços da redemocratização e da constituição de 88, o concurso público tornou-se obrigatório para todos os cargos públicos: Federal, Estadual e Municipal, além da estabilidade dos servidores.
Após 36 anos da redemocratização e constituição de 88, os avanços conquistados se desmancham no ar: o concurso público está em fase terminal, voltou o contrato temporário por padrinho político, A tal terceirização temporária está generalizada e virou permanente, aliás, neste país, quase tudo que é temporário vira permanente. A fidelidade partidária voltou a infiel, a ficha limpa virou ficha suja, o nepotismo voltou, ou seja, as conquistas se desmancham.
O servidor público volta a servidor de políticos, no caso, de prefeito, vereador, governo e outros, NÃO do Estado, Município , União . Admite-se mais gente pela via do apadrinhamento do que através de concurso público( voltou a ser mais um pé de cabra dos políticos) . Aliás, quando há um concurso público, a proporção é de duas vagas para cinco mil candidatos, enquanto quase todos os dias são admitidos dezenas de servidores por apadrinhamento político e contratos seletivos temporários maquiados.
As conquistas de 88, a terceirização generalizada, voltam no tal famoso trem da alegria dos anos 80 . O grande compositor e cantor Cazuza , já dizia: vejo o futuro repetir o passado. Ele tinha razão: vejo o futuro do país repetir o passado.
Categoria: Política ,Opinião
Autor: EdmilsonMendes
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